*Por Paulo Queija.
O maior desafio empresarial de hoje é a de liderar, tantas queixas e resultados insatisfatórias que reconhecidamente são responsabilidade do líder. Como fazer? O que é ser um líder? Será que o líder é nato?
“Para liderar, faz-se necessário o conhecimento
do comportamento das pessoas de forma profunda,
em gente que o líder deve se especializar.”
Liderança é capacidade extraordinária que todos nos temos de influenciar as pessoas com as nossas idéias, ações e principalmente com o nosso exemplo.
Ela é encarada como um fenômeno social, cujo conceito irá implicar na existência de uma realidade, que abrange a sociedade, (ambiente), que necessita antes de mais nada, de uma pessoa e um grupo com necessidades e objetivos, que devem ser satisfeitos, geralmente, por alguém que venha a exercer autoridade sobre esse grupo. Nesta perspectiva, o processo de liderança é uma função do líder, do seguidor e de outras variáveis do grupo, conforme o esquema abaixo.
No meio empreendedor a liderança deve ser entendida como um processo dinâmico que varia de situação para situação, com mudanças em líderes, seguidores e situação.
É o processo de se exercer influência sobre um indivíduo ou um grupo, nos esforços para a realização de um objetivo em determinada situação.
Por outro lado LIDERANÇA pode ser compreendida como um “conjunto de funções a serem desempenhadas pela totalidade do grupo, para que possam adaptar-se, resolver problemas e desenvolver potencialidades”. A liderança caracteriza-se pelo fato do estabelecimento do comportamento proveniente do grupo. Com isso podemos dizer que o líder irá conhecer as necessidades emergentes do mesmo e este, por sua vez não deverá estabelecer barreiras com o líder procurando aceitar as metas comuns a que se destina.
O líder deverá ser aceito pelo grupo. Caso as suas facilidades não facilitem o trabalho que será feito conjuntamente, podemos dizer que ele não é líder.
Evidentemente, podemos dizer que existem pessoas que nascem com um espírito de liderança muito aguçado, mas existem aqueles que nascem apenas com pré-requisitos, o que não significa que um dia não poderão vir a se tornar líderes.
Isto quer dizer que líderes não são encontrados prontos em maternidades. Durante anos, acreditava-se que fosse como um “dom”, ou mesmo um “atributo” de apenas algumas pessoas.
Com o passar dos anos, pôde-se comprovar que alguns requisitos mínimos são necessários para o estabelecimento da liderança, onde por sua vez, podem ser desenvolvidas por um interesse real.
Entre os que admitiam que as características pudessem ser adquiridas, estavam aqueles que discordavam que havia algo em comum.
Ambas as correntes idealizaram um estilo de liderança estática que se situavam em algum ponto de uma escala linear que vai do máximo da autocracia ao máximo da democracia.
A abordagem da chamada LIDERANÇA SITUACIONAL é baseada na hipótese de que “o comportamento dos líderes em determinada situação (clima social) poderá se diferenciar dependendo da situação e dos objetivos comuns e outros fatores em comum, que irá determinar quem será o líder.”
Liderança Situacional é o processo administrativo de pessoas onde vários estudos sobre gerências podem ser aplicados a partir de uma análise e identificação de variação de características situacionais.
Nem todo líder é um gerente
Nem todo gerente é um líder.
Más uma coisa é certa, se o Gerente não
assumir a liderança, alguém assumirá por ele.
O líder não muda as pessoas, ele muda a vontade de querer das pessoas, mas elas continuam sendo quem são ou desejam ser, porque o líder existe, as pessoas passam a querer e a dar importância diferente e significativa a coisas ou objetivos que antes elas acreditavam.
Líder é aquele que conquista, cativa doutrina, desenvolve a automotivação, influencia as idéias e, através delas, move os atos, provocando mudanças.
O líder na plenitude de seu papel, terá que se destacar no empenho de assegurar a unidade de um grupo de trabalho, principalmente se esse é integrado por membros de vinculações profissionais e sociais diversas.
Ele deve simbolizar os objetivos, aspirações e anseios do grupo de trabalho, porém é igualmente preciso que ele demonstre capacidade de fazê-lo.
Para tal ele deverá esforçar-se no sentido de se integrar dentro da heterogeneidade do grupo, procurando fazer com que essa conduta pessoal harmonize-se com as linhas de aspirações e interesses, conduzindo pensamentos e ações dos subordinados no sentido comum dos propósitos coletivos.
Todo líder / gerente sabe que sua empresa é uma fábrica de idéias e como tal, deve haver um grande comprometimento, no nível de equipe, para que as idéias fluam, permitindo a inovação.
“Gerente” é fruto de um ato administrativo, onde muitas vezes toma-se posse do cargo, sem habilitação. Suas principal atribuição é muitas vezes “fazer o pessoal funcionar”. Porém ele deverá conhecer suas tarefas, buscando a aproximação com o ideal, devotando a cada uma, seu devido tempo.
Gerentes que não são líderes tem apenas o poder de autoridade, não de comando. Ele apenas “manda”, sempre sentado numa cadeira, buscando e impondo pela coação e dominação, sem exercer uma ação humana individual e/ou grupal, em busca de um objetivo comum.
Existem pelo menos 03 possibilidades de surgimento de um líder:
– O líder pode abrir seu próprio caminho
– Pode ser escolhido pelo próprio grupo
– Pode ser indicado por um superior.
O mais importante numa gerência com força de liderança é que ela gera resultados, alternativas, decisões deliberadas, ações individuais e grupais, planejamento certo em épocas de incerteza, clima organizacional de cooperação entre os elementos, satisfação e produtividade, harmonizando sua conduta com as aspirações do grupo, sendo que alimente a convicção de que os ideais dos mesmos são válidos e procure sempre demonstrar otimismo, nunca negativismo.
O líder monitora a pessoa do subordinado, ajudando-o a desenvolver até o máximo sua capacidade. Age na certeza de que mais cedo ou mais tarde terá de ser substituído.
O líder personifica o ideal de seus companheiros. Seu poder estende-se na medida em que persuade e estimula os outros a agregarem seus esforços aos da direção, sob condições ideais, seu poder cresce como que numa progressão geométrica. Cada entusiasta convicto persuade outros para que elas possam aderir, e cada qual se torna mais forte com a presença do outro.
O líder procura uma unidade de objetivo estimulando o pleno desenvolvimento da iniciativa inicial e individual, na condução de métodos de trabalho, na execução de tarefas, na formulação de sugestões e participação ampla na fixação das políticas e diretrizes do trabalho.
E podemos finalizar estas observações, dizendo:
O moral é alto quando o membro da equipe se mostra tão disposto para o trabalho, que se prontifica a fazer mais do que lhe compete e mais do que lhe é pedido.
* Paulo Queija é diretor da MQS Consultoria e Treinamento Empresarial, Coaching, Palestrante e Consultor em Gestão Empresarial e Pessoal. Co-autor do Livro “Ser Mais com PNL – Dicas e Estratégias de Programação Neurolinguística que podem mudar sua vida.”